➡ ASSISTÊNCIA SOCIAL: SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS DE GUATAMBU RECEBE EQUIPE DO PROGRAMA FAMÍLIAS FORTES. RESPONSÁVEIS DEBATEM SOBRE COMUNICAÇÃO E RELACIONAMENTO

Fortalecer os vínculos familiares, através do desenvolvimento das habilidades parentais e socioemocionais, é o objetivo primordial do Programa Famílias Fortes, implantado pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MDH) e aplicado, no oeste catarinense, pela Universidade Federal Fronteira Sul (UFFS), campus Chapecó.

Ciente da importância de mediar conflitos intergeracionais, o pedagogo social Felipe Queiroz, do SCFV de Guatambu, realizou uma parceria com as coordenadoras do programa, Patrícia Romagnolli e Graciela Fonseca, para que as famílias em vulnerabilidade do município fossem contempladas.

O Programa Famílias Fortes é inspirado em um caso de sucesso, do Reino Unido, o Strengthening Families Programme, e tem a seguinte metodologia: sete encontros com

as famílias – com filhos de 10 a 14 anos – sendo um encontro por semana. Em um primeiro momento, quatro facilitadores se dividem em dois grupos: em um, somente os responsáveis participam; em paralelo, as crianças e adolescentes também são orientadas quanto ao exercício de uma convivência familiar, harmônica e saudável. Depois, pais e filhos se reúnem para partilhar do aprendizado que tiveram, isso aumenta o envolvimento familiar na resolução de conflitos.

Para Genecis Pinheiro, mãe participante, é importante o debate por pessoas qualificadas para evitar uma conduta impulsiva, que possa afastar os pais dos filhos: “Meu filho de dez anos apareceu com uma camisinha em casa, eu não soube o que fazer, ele é uma criança ainda, aqui vou aprender a conversar com diálogo e respeito sobre assuntos complexos, que tiram o nosso sono, sem prejudicar a relação que tenho com ele”, explicou.

Consumo excessivo de álcool, uso de drogas, evasão escolar, gravidez na adolescência e influência negativa são alguns tópicos que surgem como “complicados de dialogar” na visão dos pais e/ou cuidadores. Débora Rosa, pedagoga e facilitadora dos responsáveis, acredita que o debate de temas comuns à adolescência promove uma integração entre os pais, que passam a alinhar regras de disciplina e relacionamento: “Pais que já passaram por esses conflitos dão conselhos habilidosos para os que ainda estão passando por essa fase, por isso a importância da integração, pois os medos e angústias acabam sendo esclarecidos e eles percebem que não estão sós, todos estão, de certa forma, passando por problemas iguais ou similares, o que alivia a sensação de falha na maternidade/paternidade”, disse.

Já Elisângela Ribas, pedagoga facilitadora dos filhos, estimulou as crianças e adolescentes a terem expectativa de futuro por meio do “Mapa dos Sonhos”, uma ferramenta que faz com que eles vislumbrem metas profissionais e pessoais, a médio e longo prazo, caso de Keili Hernandez, 14 anos, que pretende ser psicóloga: “Acho importante minha mãe saber o que pretendo ser no futuro, porque isso me dá forças para ir em frente, quando a família está com a gente, tudo fica mais fácil”, concluiu, esperançosa.

ADOLESCENTE DESENHA MAPA DOS SONHOS

BÔNUS – A família participante ganha, ao término do Programa, uma cesta básica e um kit de material escolar. Também há sorteios de cestas em cada encontro.